sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ivete Sangalo manda recado no Twitter: "Estou feliz demais!"

Uol - Folha

Da Redação
  • Reprodução

    Quase um mês após nascimento de Marcelo, Ivete Sangalo manda recado no Twitter (29/10/2009)


Desde o nascimento do filho Marcelo que Ivete Sangalo não escreve em seu Twitter. E na tarde de quinta-feira (29), a cantora baiana deixou no microblog uma mensagem para seus seguidores.

"Alô criançada, a mama Bozo passando aqui para dar beijos de saudades. Estou feliz demais! (...) Ah, só para dizer: nunca duvidei de Deus, e agora então... Quanta luz na minha vida. Fiquem com Deus", escreveu a cantora baiana.

Ivete Sangalo deu à luz Marcelo no dia 2 de outubro em Salvador, na Bahia. O menino é filho da cantora com o estudante de nutrição Daniel Cady.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ator Bruno Gagliasso tem carteira apreendida em blitz da Lei Seca

LEI SECA


Bruno Gagliasso

Publicado em 28/10/2009, às 13h33


O ator Bruno Gagliasso teve sua carteira de motorista apreendida na madrugada desta quarta-feira (28) numa blitz da Lei Seca, na Zona Sul do Rio. Em seu twitter, ainda de madrugada, ele afirmou ter bebido apenas uma taça de champanhe.

“Acabei de receber multa por causa de uma taça de champanhe. Não estou nem um pouco bravo, agora sei que nem uma taça pode!”, disse ele, que contou ainda que seu teste do bafômetro deu 0,15 ml. “Pra quem tá perguntando: não adianta, não pode nem uma taça mesmo! Bom nem arriscar bombom de licor”, completou Bruno.

Em seu perfil, Bruno acompanha um twitter em que internautas espalhados pela cidade informam uns aos outros onde há blitz a cada noite. Ele ainda brincou com a situação, repassando uma frase de uma amiga: “Programa de fofoca amanhã: ator global tomou todas, atropelou 3, foi perseguido por policiais e perdeu a habilitação!”.

Há informações não confirmadas de que a atriz Danielle Winnits também teria tido a carteira apreendida na mesma blitz.

G1
Tags: bruno gagliasso, ator, lei seca, blitz,

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ecclestone diz que morte de Senna foi bom para Formula 1


Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009 | 09:45Hs

Fonte:

Redação

O chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, disse que a morte do piloto Ayrton Senna foi boa para dar mais visibilidade à categoria. Ecclestone afirmou que muitas pessoas passaram a acompanhar o automobilismo após o acidente que tirou a vida do ídolo brasileiro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

- Foi uma infelicidade, mas a publicidade gerada [pela morte] foi tão grande... Foi bom para a Fórmula 1. É uma pena que tivéssemos que perder Ayrton Senna para que isso acontecesse.

Senna morreu em 1994 após bater na curva Tamborello, no circuito de Ímola, em San Marino. O piloto brasileiro tinha trocado a equipe McLaren pela Williams naquele ano.

Ecclestone também disse que Felipe Massa será campeão da Fórmula 1 em breve. O dirigente disse que o brasileiro teve “azar” em 2008, quando venceu o GP de Interlagos, em Sâo Paulo (SP), mas perdeu o título nas últimas curvas para o inglês Lewis Hamilton, da McLaren.

O chefão da F-1 afirmou que “foi a Ferrari que perdeu o campeonato”, não Massa. A equipe italiana teve diversos problemas durante o campeonato do ano passado, que prejudicaram a briga de Massa pelo título.

Perguntado sobre Nelsinho Piquet, Ecclestone disse que “quer vê-lo de novo na Fórmula 1”. O chefão da categoria disse que o filho do ex-campeão Nelson Piquet é “muito talentoso, mas passou períodos difíceis”.

- Se puder ajudá-lo, vou fazê-lo. Sou amigo dos dois. Vi Nelsinho quando ainda era bebê. Sou como um padrinho.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Após assalto a repórter do "Mais Você", ladrões são mortos pela polícia em SP (Postado por Danuza Peixoto Zambrana)

O repórter Fabrício Bataglini, do programa "Mais Você", da Rede Globo, foi assaltado por volta das 22h30 de domingo próximo a sua residência, na avenida Miruna, zona sul de São Paulo.
Ele estava acompanhado de sua mulher, quando quatro homens em duas motocicletas abordaram o casal. Armados, os criminosos obrigaram as vítimas a entregarem alguns pertences e tentaram ainda levar o veículo do repórter, mas não conseguiram.

A polícia foi avisada e identificou a moto usada por dois dos suspeitos. Após uma perseguição de aproximadamente cinco quilômetros, os assaltantes acabaram mortos em uma troca de tiros, segundo a polícia.

Eles foram identificados como Sérgio Luiz de Souza Silva, 22, e Flávio Barbosa de Almeida, 28. Segundo a polícia, com a dupla, que já tinha passagens por roubo e furto, foi apreendido um revólver calibre 38. O caso foi registrado no 35º DP (Jabaquara).

sábado, 10 de outubro de 2009

A peregrina Dilma vai ao Bonfim (Postado por Danuza Peixoto Zambrana)

De Salvador (BA)


Salve a Bahia, Sinhá! E os marqueteiros políticos também!

É preciso tirar o chapéu. Afinal de contas, nem a mirabolante cabeça do cineasta Glauber Rocha, o saber de Octávio Mangabeira, ou mesmo o reconhecido e proclamado estilo matreiro de fazer política de ACM nos tempos áureos de seu domínio local, seriam capazes de conceber ou dirigir as cenas das primeiras horas da visita que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, iniciou na noite de quinta-feira, em Salvador.

Depois de longo afastamento da larga barra da cidade da Bahia, como definia o poeta Gregório de Mattos, o "Boca de Brasa", a preferida do presidente Lula como candidata à sua sucessão, retornou com a corda toda. Um festival de surpresas, "até mesmo para os baianos mais acostumados com essas coisas", como assinalou nesta sexta-feira um atento observador político local, ao analisar a performance da ministra. Dilma, porém, jura não estar em campanha - ao pisar outra vez o conflagrado solo político da Bahia nesses primeiros movimentos que antecedem 2010.

Mal desembarcou no aeroporto de Salvador, ela fez apenas uma breve parada no hotel para se preparar "comme il faut" para seu primeiro compromisso. Bem de acordo com os tempos que correm: um ato tipicamente político-eleitoral, com fachada de acontecimento social. Assim foi a festa de aniversário do ex-dirigente máximo do PCdoB no Estado, o comunista Haroldo Lima, atual presidente do Conselho Nacional de Petróleo (CNP), a que Dilma compareceu.

O ultra sofisticado centro de eventos Trapiche Adelaide ficou coalhado de ministros, secretários de Estado, parlamentares de todas as tonalidades - da direita, centro e esquerda -, empresários e figurões variados dos governos petistas de Lula, no país, e de Jaques Wagner na Bahia. Uma tenda ampla, onde Dilma (seguramente recomendada por marqueteiro dos bons e dos mais requisitados, ou um santo forte do Planalto), onde a visitante operou o seu primeiro "milagre" baiano.

Ela foi filmada e fotografada dividindo a mesma mesa com dois sorridentes personagens que viviam aos tapas e trocas de insultos até horas antes da ministra chegar: o governador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), ferrenhos adversários na postulação ao Palácio de Ondina em 2010.

Há quem diga que na tenda do Trapiche se deu uma bem sucedida tentativa com vistas ao palanque duplo na Bahia, assunto do qual os petista locais não querem nem ouvir falar. Podem ter que engolir, mas isso é coisa que se verá bem mais adiante, depois que a correnteza passar e os ânimos estiverem de fato serenados, se é que isso acontecerá além das aparências. O mais surpreendente, no entanto, estava reservado para algumas horas depois da festa que rolou animada até altas horas da manhã.

Às 7h da manhã Dilma Rousseff já estava "inteiraça", no adro da Igreja do Bonfim, como observou um passante local. Toda vestida de branco, dentro dos preceitos do Candomblé na sexta-feira baiana, consagrada a Oxalá, para assistir a primeira missa do dia no templo católico. Minutos antes, no adro, como na cerimônia famosa da Lavagem, eis a ministra cercada de mães, filhos e filhas de santo. Ali a ministra Dilma Rousseff, que acaba de ser declarada curada de um câncer linfático pelos cientistas e médicos do hospital paulista Sírio Libanês, recebeu um banho ritual de folhas de aroeira, consideradas as melhores para "abrir caminhos fechados". Foram misturadas outras folhas destinadas a reforçar o pedido.

Depois veio a apoteose da sexta-feira, 9, no Bonfim: a missa no templo lotado de fiéis, rezada e animada pelo padre Edson Menezes, pároco que conduziu tudo como um ato "religioso e político eleitoral" como raramente visto em terras e terreiros baianos, apesar de todo o seu sincretismo.

Diante de uma contrita ex-guerrilheira e atual poderosa ministra petista de Lula, acompanhada do governador petista de origem judaica, Jaques Wagner e da primeira-dama Fátima Mendonça, uma baiana cem por cento, o pároco caprichou nos gestos e palavras do sermão, como o melhor dos cabos eleitorais que Dilma jamais imaginou encontrar, nas circunstâncias.

Padre Edson deu vivas e pediu palmas aos fiéis "para a peregrina Dilma, que também subiu a colina para agradecer como fazem os baianos". E as palmas vibraram com força diante do altar. Ainda molhada do banho de folhas do Candomblé, com medidas do santo de todas as cores nas mãos, Dilma, emocionada, agradeceu a cura e beijou a imagem do santo. Mas não recebeu a hóstia da comunhão distribuída aos fiéis pelo padre e seus acólitos. Missa encerrada, a visitante saiu, ainda cercada de palmas, abraços, bilhetes com pedidos pessoais ou apelos por uma pose para fotografia, que ela atendeu, sempre solícita.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nas raízes da primeira dama, um caminho complexo desde a escravatura

The New York Times
Rachel L. Swarns e Jodi Kantor
em Washington

Em 1850, um idoso da Carolina do Sul pegou a caneta na mão e dolorosamente dividiu suas posses. Entre as rocas, foices, toalhas de mesa e cabeças de gado que ele deixou aos seus herdeiros distantes havia uma escrava de 6 anos, avaliada em US$ 475.

No testamento, ela era descrita simplesmente como a "menina negra Melvinia". Após sua morte, ela foi arrancada dos locais e pessoas que conhecia e enviada para a Geórgia. Enquanto ainda era adolescente, um homem branco foi pai de seu primeiro filho, sob circunstâncias perdidas com a passagem do tempo.
  • Obama Campaign 2008/The New York Times

    Fraser Robinson III posa para a foto com sua mulher, Marian, e os filhos Craig e Michelle,
    hoje primeira-dama dos EUA, Michelle Obama



Nos anais da escravatura americana, esta história dura não seria digna de nota salvo por uma razão: esta união, consumada dois anos antes da guerra civil, marcou as origens de uma linhagem familiar que se estenderia da Geórgia rural para Birmingham, Alabama, Chicago e, finalmente, até a Casa Branca.

Melvinia Shields, a jovem escrava analfabeta, e o homem branco desconhecido que a engravidou são pais do tataravô de Michelle Obama, a primeira-dama.

Consideradas por muitos como símbolo poderoso do avanço dos negros, Obama tinha apenas uma vaga noção de seus ancestrais, dizem seus assessores e parentes. Durante a campanha presidencial, a família descobriu um tataravô paterno, um antigo escravo da Carolina do Sul, mas o resto das raízes de Obama continuava desconhecido.

A história recém descoberta dos ancestrais maternos de Obama -a mãe escrava, o pai branco e seu filho Dolphus T. Shields- pela primeira vez conecta plenamente a primeira primeira-dama afro-americana à escravidão, traçando sua viagem de cinco gerações dos grilhões para a primeira fileira da presidência. As descobertas -feitas pela genealogista Megan Smolenyak e pelo "New York Times"- substanciam o que Obama chamou de rumores antigos de família sobre um antepassado branco.

Enquanto a origem bi-racial do presidente Barack Obama atraiu atenção considerável, o pedigree da sua mulher, que inclui ramos de índios americanos, ressalta a complicada história de miscigenação, algumas vezes nascida de violência ou coerção, existente nas linhas de muitos afro-americanos. Obama e sua família se recusaram a tecer comentários para este artigo, em parte por causa da natureza pessoal do assunto, segundo seus assessores.

"Ela representa como evoluímos e quem somos", disse Edward Ball, historiador que descobriu que tinha parentes negros -descendentes de seus ancestrais brancos proprietários de escravos- quando pesquisou para seu livro de memórias "Slaves in the Family" (escravos na família).

"Não somos tribos separadas de latinos e brancos e negros nos EUA", disse Ball. "Somos misturados há gerações."

Os contornos da história da família de Obama saíram de registros de testamentos do século 19, licenças de casamento amareladas, fotografias apagadas e as memórias de idosas que se lembravam da família. Das dezenas de parentes identificados, foi a menina escrava que mais chamou a atenção, disse Smolenyak.

"De todas as raízes de Michelle, Melvinia estava gritando para ser encontrada", disse ela.

Quando seu proprietário, David Patterson, morreu em 1852, Melvinia se viu em uma fazenda de 80 alqueires com novos patrões, a filha e o genro de Patterson, Christianne e Henry Shields. Era um mundo estranho e pouco familiar.

Na Carolina do Sul, ela morava em uma terra com 21 escravos. Na Geórgia, era uma de apenas três escravos na propriedade, que atualmente faz parte de uma subdivisão na cidade de Rex, perto de Atlanta.

Se Melvinia trabalhava dentro da casa ou nos campos, não faltava de trabalho: trigo, milho, batata doce e algodão para plantar e colher, três cavalos, cinco vacas, 17 porcos e 20 carneiros para cuidar, de acordo com uma pesquisa de 1860.

É difícil dizer quem pode ter engravidado Melvinia, que deu a luz a Dolphus em torno de 1859, com cerca de 15 anos. Na época, Henry Shields estava com quase 50 anos e tinha quatro filhos de 19 a 24 anos, mas outros homens talvez também passassem tempo na fazenda.

"Ninguém ficaria surpreso em saber do alto número de estupros e da exploração sexual que ocorria na escravidão; era uma experiência diária. Contudo, descobrimos que alguns desses relacionamentos eram muito complexos", disse Jason A. Gillmer, professor de direito da Universidade Wesleyan no Texas, que pesquisou as ligações entre proprietários de escravos e escravos.
  • Birmingham Public Library/The New York Times

    Casa de Dolphus Shields, em Birmingham, no Alabama. A árvore genealógica da família de Obama destaca a complicada mistura racial entre muitos americanos com origem africana

Em 1870, três dos quatro filhos de Melvinia, inclusive Dolphus, foram listados no censo como mulatos. Um nasceu quatro anos após a emancipação, sugerindo que a ligação que produziu esses filhos continuou após a escravidão. Ela deu aos seus filhos o nome de Shields, talvez sugerindo sua paternidade ou simplesmente pelo costume de ex-escravos de adotarem o nome de seus patrões.

Mesmo após ter sido libertada, Melvinia continuou no local, trabalhando na fazenda adjacente à de Charles Shields, um dos filhos de Henry.

Mas em algum momento de seus 30 ou 40 anos, Melvinia conseguiu partir e se reunir com ex-escravos de sua infância na fazenda de Patterson: Mariah e Bolus Easley, que se estabeleceram em Bartow Country com Melvinia, perto da fronteira do Alabama. Dolphus se casou com uma das filhas de Easley, Alice, que é tataravó de Michelle Obama.

Uma comunidade "despedaçada, de alguma forma, estava se reunindo", disse Smolenyak do grupo em Bartow County.

Melvinia parece ter vivido com o legado não resolvido de sua infância em escravidão. Seu certificado de óbito de 1938 assinado por um parente diz "não sei" no espaço para os nomes dos pais, sugerindo que Melvinia talvez nunca tenha sabido.

Em algum momento antes de 1888, Dolphus e Alice Shields continuaram a migração, dirigindo-se para Birmingham, uma cidade com linha de trem, ferro, minas e fábricas, que atraía ex-escravos e seus filhos do Sul.

Dolphus Shields tinha 30 e poucos anos e pele muito clara -alguns diziam que parecia branco- era carpinteiro, sabia ler e escrever, frequentava a igreja e progredia em uma cidade que se industrializava. Em 1900, ele era proprietário de sua casa, segundo o censo. Em 1911, ele abriu sua própria marcenaria e empresa de afiar ferramentas.

Ele foi co-fundador da Igreja Batista Trinity, foi ativo no movimento de direitos civis, supervisionava escolas dominicais na Trinity e na First Ebenezer, que ainda existem hoje, e na Igreja Bastista Missionária Regular.

"Foi reitor dos diáconos em Birmingham. Era um homem sério, era um executivo", disse Helen Heath, 88, que frequentava a mesma igreja.

Sua família ingressou na classe trabalhadora, morando em um bairro segregado de negros em dificuldades, proprietários ou locatários. Em sua casa, não se podia fumar, praguejar, mascar chiclete, usar batom ou calças para as mulheres e absolutamente não se podia ouvir blues no rádio, que ele reservava para os cânticos de igreja, lembra-se Bobbie Holt, 73, que foi criada pelos Shields e sua quarta esposa, Lucy. Ela disse que a família ia à igreja "todas as noites da semana, parecia".

Ele carregava mentas para as crianças do bairro, disse Holt, e contava histórias engraçadas sobre suas aventuras de menino. Mas a família passava por dificuldades.

Sua primeira mulher, Alice Easley Shields, mudou-se depois que eles se separaram, trabalhando como costureira e empregada doméstica e dois de seus filhos tiveram problemas.

Robert Lee Shields, um inventor cujas patentes para melhorar as operações de lavagem a seco estão na biblioteca de Birmingham, terminou trabalhando como rapaz de manutenção, disse Holt.

Dolphus Shields não falava de suas origens.

"Chegamos a um ponto no qual não queríamos que ninguém soubesse que conhecemos escravos; as pessoas não queriam falar sobre isso", disse Heath, que assumiu que ele tinha parentes brancos porque a cor de sua pele e a textura de seu cabelo "diziam que era quase branco".

Em uma época em que negros se desesperavam com a intransigência e a violência dos brancos que os proibiam de votar, os excluíam da maior parte dos trabalhos, dos restaurantes e de terem propriedades em bairros brancos, Dolphus Shields servia como raro elo entre as comunidades profundamente divididas.

Sua marcenaria ficava na parte branca da cidade e ele se misturava facilmente e frequentemente com brancos. "Eles vinham à sua loja, sentavam e conversavam", disse Holt.

Dolphus Shields acreditava que as relações raciais iam melhorar. "Algum dia vai melhorar", dizia, conta Holt.

Quando morreu aos 91 anos, em 1950, a mudança estava a caminho.

No dia 9 de junho de 1959, quando seu obituário apareceu na página da frente do "Birmingham World", o jornal negro também dizia "Tribunal Proíbe Segregação em Lanchonetes e em Educação Superior". A Suprema Corte tinha proibido acomodações separadas em vagões de trem e em universidades no Texas e Oklahoma.

No norte, seu neto, um pintor chamado Purnell Shields, avô de Obama, estava buscando maiores oportunidades em Chicago com sua família.

Na medida em que avançaram, os descendentes perderam contato com o passado. Hoje, Dolphus Shields está em um cemitério negro negligenciado, onde o gramado cresce na altura do joelho e muitos túmulos estão destruídos.

Holt, assistente de enfermagem aposentada, disse que ele apareceu para ela em um sonho no mês passado. Ela procurou a fotografia dele, jamais imaginando que logo ia descobrir que Dolphus Shields era tataravô da primeira dama.

"Meu Deus", disse Holt, ao saber da notícia. "Sempre o admirei, mas nunca teria imaginado algo assim. Benza a Deus, progredimos muito."

Tradução: Deborah Weinberg

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Polícia de Los Angeles diz que caso Michael Jackson será encerrado (Postado por Danuza Peixoto Zambrana)

Los Angeles (EUA) - Depois de ser confirmada como homicídio a morte do cantor Michael Jackson, a polícia de Los Angeles informou que encerrará a investigação do caso do Dr. Conrad Murray, principal suspeito, semana que vem, segundo o site TMZ. Os detetives afirmaram que as últimas avaliações sobre a morte do astro pop estão sendo feitas, como análise dos relatórios de médicos e peritos, e no máximo até a segunda semana de outubro, tudo estará esclarecido.

As autoridades estão trabalhando nas provas recolhidas há meses e garantem que o resultado não será surpresa para ninguém. Um fonte disse ao site que existe a chance do caso ir para a corte de Los Angeles, o que facilitaria a condenação do médico.

domingo, 4 de outubro de 2009

Lindsay Lohan estreia como estilista em desfile de Ungaro (Postado por Danuza Peixoto )

PARIS, França, 4 Out 2009 (AFP) - A atriz americana Lindsay Lohan apresentou neste domingo, em Paris, sua primeira coleção de moda junto à estilista espanhola Estrella Archs no desfile de Ungaro de prêt-à-porter feminino para o próximo verão.

A parceria inédita entre Archs e a jovem atriz, designada sua "assessora artística", é uma nova tentativa de dar fôlego à maison Ungaro, que, nos últimos anos, lançou vários criadores sem conseguir impulsionar as vendas.

A dupla Estrella Archs-Lindsay Lohan apostou numa coleção rica em vestidos de lantejoulas extremamente curtos.

A coletiva de imprensa ao final do desfile foi uma das mais concorridas e Lindsay Lohan não escondia seu entusiasmo: "I love fashion!".

Segundo ela, a coleção apresentada "é muito livre e muito feminina, ao mesmo tempo".

Lohan, atualmente mais conhecida por seus problemas com a justiça do que qualquer outra coisa, não deixou seu passado atrapalhar a alegria do momento e evitou as perguntas sobre o lado escandaloso de sua vida.

sábado, 3 de outubro de 2009

Nasce Marcelo, filho de Ivete Sangalo em Salvador

A cantora Ivete Sangalo, 37, deu à luz um menino na noite desta sexta-feira no hospital Português, em Salvador. Segundo a assessoria de imprensa da cantora, ele se chamará Marcelo.

Ivete chegou ao hospital às 18h com o namorado Daniel Cady, pai da criança.


Edgar de Souza/AgNews
Ivete Sangalo chega ao hospital Português, em Salvador; ela deu à luz a seu primeiro filho

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Michael Jackson era uma pessoa saudável, aponta necropsia (Postada por Danuza Zambrana)

A agência de notícias Associated Press divulgou hoje as informações contidas em um relatório da necropsia do cantor Michael Jackson, morto no dia 25 de junho.

Pai de Jackson é impedido de entrar em local da Oktoberfest
Ingressos para filme Jackson se esgotam em duas horas em Londres
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Gravadora anuncia lançamento de música inédita de Michael

O documento diz que os braços do cantor estavam cobertos de picadas, que ele tinha cicatrizes no rosto e no pescoço, tatuagens nos lábios e nas sobrancelhas, mas não era "o esqueleto de um homem doente como retratado pelos tabloides".

De acordo com o relatório, o Instituto Médico Legal de Los Angeles considerou Jackson como um homem saudável: seus 61 quilos estavam dentro dos padrões para sua altura, de 1,75 metro. Ainda segundo o documento, o coração do cantor estava forte, seus rins e a maioria dos seus órgãos estavam normais.

Apesar disso, Jackson tinha alguns problemas de saúde, como artrite na parte inferior na coluna e em alguns dos dedos e uma anomalia nas artérias de sua perna. Os órgãos mais comprometidos eram seus pulmões, que estavam com uma infecção crônica e tinham capacidade de funcionamento reduzida, segundo o documento.

O relatório aponta, no entanto, que os problemas pulmonares de Jackson não eram graves o suficiente para contribuir com a morte do astro pop.

"Sua saúde em geral era boa", disse o dr. Zeev Kain, presidente do departamento de anestesiologia da Universidade da Califórnia, que analisou uma cópia do resultado da necropsia a pedido da Associated Press. "Os resultados estão dentro dos limites normais."

Kain não esteve envolvido na necropsia de Michael Jackson, ressalta a agência, que obteve uma cópia dos resultados que não seriam divulgados para a imprensa.

Arnold Schwarzenegger é convidado para visitar teatro em Milão (Postado por Danuza Zambrana)

ANSA
LOS ANGELES, 1 OUT (ANSA) - O presidente da região italiana da Lombardia, Roberto Formigoni, convidou o governador do estado norte-americano da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, a visitar o Teatro alla Scala, na cidade de Milão.

O convite foi feito durante a Cúpula dos Governadores sobre Clima Global 2, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e realizada esta semana na capital da Califórnia, Los Angeles.

Em uma conversa, Schwarzenegger contou a Formigoni que já foi a Milão várias vezes porque "é amigo" do estilista italiano Giorgio Armani e "participou de seus desfiles" na capital da Lombardia.

Além dos desfiles, o ex-ator visitou Milão para apresentar alguns de seus filmes, mas em nenhuma ocasião esteve no Teatro alla Scala, considerado uma das principais casas de ópera do mundo.

O estabelecimento foi construído a pedido da imperatriz Mátria Teresa, da Áustria, para substituir o Teatro Régio Ducale, destruído em um incêndio por volta de 1770. A casa leva o nome alla Scala em homenagem à Igreja de Santa Maria alla Scada, que ficava no mesmo local. (ANSA)

Niemeyer passa por cirurgia para retirar tumor

São Paulo - O arquiteto Oscar Niemeyer, de 101 anos, passou por uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino, no fim da tarde de ontem, de acordo com boletim médico divulgado pelo hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Não há previsão de alta.

Niemeyer se recuperava bem de uma cirurgia para retirada da vesícula, realizada na quinta-feira passada (24). No entanto, o arquiteto teve um sangramento intestinal ontem e passou por novos exames. Assim, os médicos encontraram um tumor de cólon com sangramento em atividade e decidiram retirar o "segmento acometido". A cirurgia transcorreu sem anormalidades, segundo o boletim.

O arquiteto completará 102 anos no dia 15 de dezembro. Ele é pioneiro na arquitetura moderna do Brasil, explorando o concreto armado. Entre os tantos projetos que o levaram à fama internacional estão o de Brasília; o do conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte; o da sede das Nações Unidas, nos Estados Unidos; e o do Memorial da América Latina, em São Paulo.

* do UOL Notícias